segunda-feira, 30 de abril de 2018

Conhecendo um pouco mais sobre a Professora Sandra Sales: o caráter e a alegria - marcas registradas da Professora

Meu nome é Sandra Maria da Silva Sales Oliveira e minha caminhada na educação iniciou em 1970 quando estava terminando o curso normal e fui convidada para substituir uma professora de terceiro ano do ensino fundamental que iria se afastar para fazer uma cirurgia. Havia terminado meus estágios no curso normal e estava muito entusiasmada com o ensino. Comecei a estudar e me preparar para substituir da melhor forma possível, a professora. Foram dias maravilhosos e fui percebendo que a cada dia gostava mais de ir para a escola trabalhar. Os dias passaram a professora voltou e eu fui me preparar para o vestibular de psicologia. Fiz a faculdade de Psicologia e assim que terminei fiz Pedagogia. Me casei, tive um casal de filhos trabalhei como psicóloga infantil em consultório e logo comecei a dar aulas no curso de Pedagogia, fiz mestrado, doutorado, e continuo professora até os dias de hoje. Tenho uma neta linda!

Ser professora é uma profissão que exige muito esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo e dedicação, mais ainda, que requer compromisso e comprometimento, mas traz uma realização, bárbara. Ser professora é compartilhar conhecimento, propagar informação, fazer o outro crescer, mostrar caminhos, dar as mãos, e para isso tudo é necessário criar vínculos, se aproximar e compreender o outro, o que exige amor! Mas um segredo, quero contar aqui: quando não me encontro lecionando, adoro cozinhar! A cozinha é o lugar onde a família se reúne, os amigos são bem recebidos e muitos momentos de descontração acontecem. Eu não resisto uma boa conversa à beira do fogão e provar uns quitutes deliciosos!










sábado, 28 de abril de 2018

Livro: A criança e a filosofia - Por um filosofar a partir da infância



Foi com o filósofo Mattew Lipam que nasceu a proposta de incentivar as crianças no encaminhamento do saber filosófico. Para este autor, é preciso que os principais temas, os que fazem parte das preocupações cotidianas dos seres humanos, sejam debatidos e ensinados nas escolas de ensino fundamental e médio. Incentivar a capacidade do desenvolvimento do raciocínio lógico-filosófico é a base dos pressupostos teóricos e práticos da ideia de filosofia para crianças. Filosofar não pode ser uma atividade prioritária dos filósofos profissionais. É preciso que os indivíduos desde muito cedo possam experimentar argumentos e possibilidades de desenvolver reflexões a partir de questões enfrentadas pelos sujeitos históricos. A partir desse quadro problemático, Lipman buscou desenvolver uma metodologia que pudesse dar conta do processo ensino-aprendizagem dos temas geradores da filosofia. A comunidade da investigação é a forma mais indicada no trabalho-filosófico, conforme o autor preconiza.  disponível em :https://www.gramma.com.br/produto/a-crianca-e-a-filosofia-por-um-filosofar-a-partir-da-infancia

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Conhecendo um pouco dos Bolsistas que trabalham em parceria com a Professora Dra. Sônia no CEPEDU

Larissa é formada em psicologia, pela Univás, porém há mais de cinco anos trabalha com Educação na área de dificuldades de aprendizagem e língua portuguesa. Por ser muito estudiosa, Larissa cogitou a possibilidade de fazer Mestrado, até que em 2016 finalmente tomou a decisão de começar. Nas palavras de Larissa: "O Mestrado é ao mesmo tempo um desafio e uma conquista, uma alegria e uma luta, sinto hoje realizada por conviver com os professores e colegas do Mestrado". Sua pesquisa intitulada "Compreensão de leitura e teoria da mente de crianças como autismo" tem como orientadora a professora doutora Susana Gakyia Caliatto. Sendo bolsista da FAPEMIG desde agosto de 2017, Larissa realiza diversos trabalhos no CEPEDU. 

Meu nome é Déborah, minha formação é Psicologia. Identifico-me muito com a área da saúde coletiva e também com a docência. O trabalho com ações voltadas à promoção da saúde do trabalhador e o investimento em estudos na área ao longo da minha carreira profissional contribuíram para a escolha do tema de pesquisa que venho desenvolvendo no mestrado: "Saúde psíquica e trabalho docente". Posso dizer que o contato com o professor das escolas públicas tem sido muito significativo para mim. Grande oportunidade de crescimento e reflexão. Desejo que esta pesquisa possa se traduzir em reflexões que agreguem verdadeiramente aos campos da saúde e da educação em nosso País.

Eu sou Jésus Prado, formado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Eugênio Pacelli - UNIVÁS - Pouso Alegre - MG. Sou professor de Língua Estrangeira na Rede Estadual de Ensino de Pouso Alegre e atualmente Mestrando em Educação na UNIVÁS. Sinto-me muito honrado pela oportunidade de estar no Mestrado em Educação. Temos uma equipe de professores "DOUTORES" e "PÓS-DOUTORADOS" compromissados com as pesquisas. Tenho como objeto de pesquisa "As tecnologias digitais como auxiliares no ensino de Línguas Estrangeiras", sou orientando da Profª Drª Rosimeire Aparecida Borges. Desenvolvo um trabalho no CEPEDU coordenado pela Profª Drª Sônia Siquelli. Bolsista /FAPEMIG.

Bolsistas Jésus, Larissa e Déborah
Bolsistas com a Profª. Draª. Sônia Siqueli

sábado, 21 de abril de 2018

Professoras da Univás apresentam Pesquisa de Educação Matemática na Universidade Federal de Roraima

Por Prof. Aparecida Duarte 

Juliana Chiarini e eu participamos do XIV Seminário Temático “Provas e Exames e a escrita da história da educação matemática” que ocorreu em Boa Vista, Roraima, neste mês de abril. Os Seminários Temáticos ocorrem desde 2006 e participei da maior parte deles. Alguns desses eventos aconteceram em Portugal e França. Neles, um número expressivo de integrantes do Grupo de Pesquisa em História da Educação Matemática (GHEMAT) encontra-se para dialogar com pesquisadores de diversas universidades brasileiras e estrangeiras sobre um tema escolhido antecipadamente. O XIV Seminário Temático tratou de exames e provas de matemática. O próximo encontro acontecerá em 2019, em Aracaju, Sergipe, e terá como tema central os materiais escolares. 

Neste evento, participei de um painel sobre a aritmética escolar. Minha parte tratou de publicações em periódicos educacionais sobre a Aritmética datados de 2013 a 2017. Também coordenei uma sessão, na qual apresentei e comentei três trabalhos enviados para o referido Seminário. 

A professora Juliana Chiarini participou do evento com o artigo intitulado “Revista Educação e Revista do Ensino: apropriações da proposta centros de interesse e a presença do ensino de matemática”, trabalho comentado pela professora Dra. Laura Isabel Marques Vasconcelos de Almeida, da Universidade Federal de Cuiabá. 

Durante o Seminário Temático foi fundado o Grupo Associado de Pesquisa de História da Educação Matemática do Brasil (GHEMAT- Brasil), e eu, na qualidade de presidente da comissão eleitoral, tive a honra de dar posse ao primeiro presidente eleito, o Professor Dr. Wagner Rodrigues Valente, meu orientador de mestrado e doutorado. 

Ocorreu ainda lançamento de livros. Dentre eles, a obra “Cadernos escolares e a escrita da história da educação matemática”, da qual eu e a professora Rosimeire A. S. Borges participamos com um capítulo, intitulado “Cadernos de professores que ensinaram matemática: contribuições para o estudo dos saberes a e para ensinar”. 

Enfim, foi um evento muito agitado! Fiquei comovida com o acolhimento do povo roraimense, que não mediram esforços para tornar nossa estadia a mais agradável possível. A cidade de Boa Vista é moderna, linda, verdejante, florida, calma e limpa. Uma gratificante surpresa!

Comentando trabalhos durante o XVI Seminário Temático

Com Juliana Chiarini e pôster do evento científico

Com um grupo de pesquisadores do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo

Com o presidente da Sociedade Brasileira de História da Matemática, prof. Iran Abreu Mendes, da Universidade Federal do Pará.

Dançando na tribo

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Professor da Univás organiza livro "Os intelectuais e a defesa da educação brasileira"

Professor Eraldo Leme Batista
O professor do Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), Eraldo Leme Batista, é um dos organizadores do recém lançado livro "Os intelectuais e a defesa da educação brasileira", da editora Navegando Publicações. Foram selecionados dez intelectuais considerados como referências importantes na construção do pensamento educacional brasileiro, nos séculos XX e XXI, que têm sido citados, principalmente, pelos professores e estudantes dos cursos de Pedagogia.

O livro é destinado aos interessados nos estudos na área da Educação, de modo geral, e da História da Educação. 

"A obra merece ser divulgada nos cursos de formação de educadores do país, pela sua importância no atual momento de nossa história (...). A relevância do trabalho de pesquisa, que fundamenta cada artigo contido nessa coletânea, indica o compromisso de um conjunto de autores dedicados a socializar informações importantes sobre a trajetória de intelectuais brasileiros que tiveram atuação efetiva na área da educação, seja sob a ótica do pensamento liberal, seja soba ótica do pensamento crítico", afirma Maria de Fátima Felix Rosar, que escreveu o prefácio do livro.

Livro organizado pelo Professor Eraldo Leme Batista e demais

Os interessados podem acessar o E-book de forma gratuita pelo endereço eletrônico: https://www.editoranavegando.com/livro-eraldo-paulino

Mestrandos participam de evento voltado ao ensino à distância na Unifei


No último dia 11 de abril, os alunos do Mestrado em Educação da Univás, Jésus Vanderli do Prado e Ana Paula Villela, participaram do evento “NEaD Portas Abertas”, nas dependências do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Federal de Itajubá (NEaD Unifei).

O evento teve como público-alvo a comunidade interna e externa da Unifei. A programação envolveu atividades que destacaram a educação a distância, apresentando tendências e soluções, palestra sobre tecnologias digitais de informação na escola, oficina sobre design gráfico na produção do material didático e uma minicompetição usando a plataforma de EaD, Moodle.

Mestrandos Jésus e Ana Paula nas atividades do evento 

O tema da pesquisa do mestrando Jésus envolve o “Uso das tecnologias digitais como auxiliares no ensino de línguas na educação básica”. Segundo o mestrando, o evento veio a contribuir diretamente com o tema de sua pesquisa.

Já a mestranda Ana Paula, tem desenvolvido sua pesquisa a partir do tema “O papel do tutor na educação a distância”. Com qualificação agenda para o próximo dia 26 de abril, o evento também foi ao encontro de seus estudos.

Mestrandos Jésus e Ana Paula
Parabéns aos mestrandos pela participação!

Revista Argumentos Pró-Educação publica seu Volume 3

Foi divulgado nesta semana o Volume 3, Número 7, da Revista Argumentos Pró-Educação. Colaboraram autores vinculados a várias instituições acadêmicas.

A Revista Argumentos Pró-Educação, periódico do Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Sapucaí-Univás, tem por objetivo publicar trabalhos que contribuam para enriquecer o conhecimento em Educação, podendo ser de três tipos: Artigo (fruto de pesquisa científica), Ensaio (decorrente de reflexões teórico-metodológicas) ou Relato de Experiência (decorrente da reflexão e problematização de uma experiência profissional). Também publica resenhas bibliográficas e entrevistas de autores nacionais e internacionais reconhecidos que possam referenciar estudos na área.

No Volume 3, os leitores encontrarão as publicações:

- O periódico Movimento da UNE (1962-1963): um canal do pensamento progressista, de Carla Torres e Maria Isabel Moura Nascimento;

- A importância do método: pesquisa qualitativa em contexto de sala de aula, de Gabriel Fortes Macedo, Nancy Ramírez e Dayse Souza;

- Práticas de formação atentas à coletividade, de Laura Noemi Chaluh, Simone Gonçalves Reganham e Keila Santos Pinto;

- Estagiários de Pedagogia na gestão universitária: do acompanhamento à relação teoria e prática, de Alan Leite Moreira e Ana Paula Furtado Soares Pontes;

- Estratégias de ensino e ferramentas interativas: indicações de professores e tutores, de Andréa Carvalho Beluce, Amanda Lays Monteiro Inácio e Katya Luciane de Oliveira;

- Teoria de Piaget: revisão sistemática da produção acadêmica no campo da educação, de Nicássia Feliciana Novôa, Simone Carla Delfino Franco e Helder Antônio Silva;

- Concepções dos professores coordenadores sobre estudantes com autismo, de Cíntia Souza Borges de Carvalho e Gabriely Cabestré Amorim;

- Contribuições das funções executivas para o desempenho acadêmico, de Cláudia Silva Carvalho e Débora Cecílio Fernandes.

Revista Argumentos Pró-Educação

O Prof. Dr. Antônio Joaquim Severino discorre sobre “A profissão docente e o cuidado com a vida” no “Especial” da Revista.

Adiante, o leitor encontrará a Apresentação - Dossiê "Instituições de educação profissionalizante no Brasil", de Eraldo Leme Batista e Meire Terezinha Müller. E ainda:

- A criação de uma escola SENAI em Campinas durante o Estado Novo, de Meire Terezinha Müller;

- IDORT: A sistematização de um projeto de Educação para a classe trabalhadora, de Eraldo Leme Batista;

- Aproximações e distanciamentos da C&T da educação dos trabalhadores nos Institutos Federais, de Marcos Aurélio Schwede e Domingos Leite Lima Filho;

- Educação, trabalho, e as dimensões históricas e ideológicas do SENAI Paraná, de Desiré Luciane Dominschek e José Claudinei Lombardi;

- Uma breve análise do ensino profissionalizante no Brasil, de Kelly Cristina Campones.

De acordo com o Prof. Dr. José Luis Sanfelice, Editor Chefe da Revista Argumentos Pró-Educação e Coordenador do Mestrado em Educação da UNIVÁS: “A todos o nosso reconhecimento pela imensa colaboração. Desejamos aos prezados leitores uma proveitosa leitura lembrando que permanecemos à disposição para as sugestões e críticas que nos enviarem”.


Boa leitura!

terça-feira, 17 de abril de 2018

Um pouco da Professora Neide Pena


Professora Neide em destaque
Como dizia o sábio Mario Quintana: “Não me recorte em fatias, ninguém consegue abraçar um pedaço”. É isso mesmo. Ao tomar a palavra para falar um pouco de mim mesma, considero não apenas ser um gesto de deitar no próprio divã, mas um ato de reflexão e emoção, pois a nossa vida é um movimento de constante e contínua transformação. Todos os momentos são singulares e particulares e constituem a memória que sustenta cada tomada da palavra e cada gesto de ser. Assim, relatar um pouco da trajetória de minha vida e formação, falar de experiências, alegrias e desafios representam apenas um gesto simbólico. Vamos falar de como nasceu uma professora, viveu e vive professora, sempre buscando espaços para aprender, numa sensação de que está sempre em débito, diante das angústias causadas pela falta de conhecimento que fez parte de toda a sua minha.

A minha experiência em educação tem seu berço na educação pública estadual, em meados da década de 1970, em uma cidadezinha no interior de Minas, trabalhando com a cartilha “Caminho Suave”; “Os Três Porquinhos” e, na sequência, em outras séries, convivendo com várias dificuldades e desafios, sendo a falta do livro didático para os alunos e professor um dos principais problemas enfrentados à época. A oportunidade de assumir uma sala de aula de primeiro ano, com crianças de 6 anos de idade, surgiu antes da conclusão do magistério porque havia falta de professores. Eu era ainda tão jovem quanto os alunos, apenas 17 anos. Nossos sonhos e esperanças se misturavam com os sonhos das crianças em fase de alfabetização. Era um exercício de ensinar-aprender e aprender-ensinar. Ainda me lembro com saudade da minha primeira festa do dia do professor: muitas flores do campo organizadas em jarras; pétalas de flores espalhadas pelo chão; declamação de poesias e também muitos presentes, como: perfume de alfazema, sabonetes, bibelôs de cerâmica/louça, tigelas, etc.

Apesar das inúmeras dificuldades por trabalhar e estudar, era munida por um caminhão de sonhos, expectativas e esperanças. Afinal, para quem era filha de pais semianalfabetos, frequentou sala de aula multisseriada na zona rural, trabalhou em serviços do campo desde criança, andava mais de uma hora a pé para chegar a uma escola, enfrentava as estradas desertas e os temporais, além do funil do chamado “Exame de Admissão” para entrar no ginásio, tornar-se professora no início da década de 1970 (1972), era uma grande conquista e o sonho de muitas moças da época e dos seus pais. Era também o meu, motivado pela imagem de uma professora que parecia uma sinhazinha da fazenda: todos os dias ela passava pela estrada, em frente da nossa casa, linda e faceira, montada em uma charrete puxada por dois cavalos imponentes comandados pelos filhos dos empregados, se cobrindo do sol por uma sombrinha cheia de babadinhos. Eu ficava esperando ela passar e a imitava brincando de professora.

Ao longo da minha carreira no ensino público, por questões familiares, tivemos que mudar algumas vezes de cidade e, nessa situação, tive a oportunidade de atuar em realidades diferentes, sempre no estado de Minas: Zona da Mata; norte de Minas e sul de Minas. Fizemos o curso de graduação em Pedagogia, Especialização em Supervisão Pedagógica, Orientação Educacional, Planejamento, Administração e Inspeção Escolar. O curso superior me possibilitou logo atuar na docência em cursos de magistério, no ensino privado e em curso superior, desde o final da década de 1980.

Mãe de três filhos homens, hoje profissionais; vovó de 5 netinhos, lindos e maravilhosos, desde 1994, resido na cidade de Pouso Alegre/MG, por opção. Aqui, foi possível um novo rumo em minha trajetória profissional: atuei por 10 anos em coordenação de sistema de ensino apostilado Anglo; veio o ingresso no mestrado e na docência nos cursos noturnos da Univás (onde atuo até o momento no mestrado em educação e em cursos de graduação, além da coordenação do curso de especialização em gestão educacional). Em seguida, o grande sonho do Doutorado em Educação, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Novos desafios, agora, pela rodovia Fernão Dias, pela noite e madrugada.

Entretanto, o principal desafio veio mesmo de outra forma: um acidente cirúrgico e quase óbito que, entre outras sequelas, levou à paralisação de uma prega vocal, sinalizando a interrupção de uma carreira que ainda não havia conquistado os sonhos planejados. Enquanto os filhos planejavam, juntamente com o médico, esta interrupção de trabalho para a mãe, eu pensava no tempo necessário para aprender libras e continuar. Não foi preciso aprender libras, mas, sim, muita determinação, sem nunca perder a esperança. Com uma prega vocal e um aparelho eletrônico, a trajetória continua, tudo isso foi apenas uma pedra no meio do caminho. É como se a educação tivesse um tipo de magia, que encanta e energiza movida por pessoas alimentadas por sonhos, expectativas e também fragilidades. Talvez este seja o charme da escola: as pessoas e sem elas, o espaço escolar é apenas um lugar deserto, silencioso e triste.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Conhecendo um pouco mais da professora Neide Brito

Olá a todos, sou a Prof.ª Neide de Brito Cunha

Tenho um percurso acadêmico um tanto desalinhado, que vou contar a seguir!

Sou paulistana, meu ensino médio foi técnico e na área de turismo, pois sempre pensei em trabalhar nesta área. Tanto foi assim que, ainda no ensino fundamental, comecei um curso de inglês que durou cinco anos. Quando terminei esse curso eu era bem proficiente na língua.

Aí tomei gosto pelas línguas e no último ano do ensino médio, cursado num colégio Marista, em São Paulo, já prestei o vestibular da FUVEST e passei! Fui cursar Letras. Terminados os bacharelados, fui para a faculdade de educação e fiz dois anos de licenciatura em português, embora não tivesse muita pretensão de dar aulas.

Aconteceu, então, de eu passar em concurso da Prefeitura de São Paulo e começar a dar aulas à noite para o curso supletivo. Na época, Paulo Freire era secretário de educação e tive o prazer de assistir duas apresentações dele em eventos da prefeitura.

Logo depois comecei a dar aula em cursinho pré-vestibular e receber convites para dar aulas de espanhol. Daí voltei para a USP e fui fazer a licenciatura em espanhol. Depois de uns anos mudei para Bragança Paulista, onde moro, e fui convidada a dar aulas de espanhol na Universidade São Francisco (USF). No mesmo ano que entrei nessa instituição comecei a fazer o mestrado em educação e pesquisei dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita em universitários ingressantes. Terminado o mestrado, ingressei logo no doutorado em psicologia, educacional. Dessa vez, investiguei o mesmo assunto, porém com crianças. Como era formada em Letras e não era alfabetizadora, fiquei muito instigada a fazer pedagogia para conhecer melhor os problemas relativos aos problemas de aprendizagem e os relativos às dificuldades de leitura e escrita.

Logo que acabei o doutorado fui realizar um pós-doc, na UNICAMP, na faculdade de educação, em que realizei pesquisa sobre estratégias de aprendizagem e motivação para aprender na formação de professores. Assim que terminei esse pós-doc já ingressei em outro, na USF, no qual pesquisei leitura e consciência metatextual. Nesse meio tempo ministrei aulas em várias disciplinas, na USF, entre elas: português, espanhol, oficina de redação, espanhol para a terceira idade, espanhol instrumental, leitura e produção de textos (em todos os cursos da instituição, em todos os campus) e outras tantas...

Como tive bolsa de estudos, sendo uma pelo CNPq, para realizar meus dois pós-doc, resolvi nesses quatro anos cursar, concomitantemente, a pedagogia para completar meus conhecimentos na área da educação. Fiquei afastada da USF como professora durante esse tempo, mas cursando a pedagogia nesta instituição. Foi muito bom poder fazer essa graduação por puro interesse e prazer.

Foram quatro anos de muito estudo nos quais me chamavam de “pós e graduanda”. Nesses anos fiz parte de corpo editorial de revistas, consegui publicar artigos e capítulos de livros, participar de grupos de pesquisa, de congressos nacionais e internacionais e estabelecer contatos.

Algum tempo depois saí da USF e vim para a Univás, onde tenho o prazer de trabalhar com a pesquisa na maior parte do tempo! E por agora é só!


terça-feira, 3 de abril de 2018

Conhecendo um pouco mais do professor Sanfelice

Sou professor Titular aposentado da UNICAMP, onde trabalhei por mais de trinta anos e continuo como Colaborador. Na UNICAMP fiz minha carreira docente e fui Diretor da Faculdade de Educação por oito anos. Na UNIVÁS vou completar quatro anos, como docente e Coordenador do Mestrado em Educação.  Minha graduação e bacharelado foram em Filosofia, o Mestrado em Filosofia da Educação e o Doutorado em Educação. Já orientei dezenas e dezenas de mestres e doutores.  

O surpreendente para mim mesmo é que a profissão docente não foi uma escolha premeditada.  Me  lembro de jamais ter dito que desejasse ser professor.  Pensei em  assumir outras profissões: padre, jornalista,filósofo ou historiador. E, vejam o resultado: dei minhas primeiras aulas em 1969, por acaso, e nunca mais parei.  Até hoje.  Se perguntassem agora o que eu gostaria de ter sido, eu afirmaria com certeza: PROFESSOR.  

Aprendi os desafios, a grandeza e as alegrias desta profissão.  Quiça a profissão que mais nos aproxima da essência humana sempre em construção.  Dos vários escritos produzidos ao longo dos anos, o que mais prezo é "A Sala de Aula: que espaço é esse?"  Em segundo lugar viria : "Movimento estudantil:  a UNE na resistência ao golpe civil militar de 1964".  

Os meus amigos costumam dizer que o meu defeito mais grave é ser um  corinthiano apaixonado. Fazer o que né?


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Bancas de qualificação do mês de Março

Na terça-feira, 27 de março, aconteceram duas bancas de qualificação. Ambos os alunos são orientandos da professora drª. Neide Pena Cária.

A primeira banca, ocorrida no período da manhã, foi do mestrando Cleber Rocha Alves.  Professor e coordenador do curso de Administração da Asmec - campus Pouso Alegre, Cleber sempre manifestou o desejo de fazer o Mestrado em Educação até que em agosto de 2016 entrou como aluno regular.

Sua dissertação tem como título "Avaliação institucional: repercussões na qualificação de docentes no Ensino Superior". Participaram da banca o prof. dr. Marcos Antônio Maia de Oliveira (FATEC/SP) e a profª. drª. Aparecida Rodrigues Silva Duarte (UNIVÁS).


E no período da tarde, aconteceu a banca do mestrando Samuel Carvalho dos Santos, professor da Unincor - campus Três Corações, onde é professor de vários cursos, entre eles Administração  e Ciências Contábeis. Nesses cursos, Samuel ministra disciplinas que têm ênfase em temas como empreendedorismo e criatividade.

Aluno regular do Mestrado em Educação desde fevereiro de 2017, Samuel pesquisa sobre "A sala de aula universitária: estratégias de ensino e experiências profissionais integrando as competências acadêmicas no exercício da docência". Participaram da banca o prof. dr. Marcos Antônio Maia de Oliveira (FATEC/SP) e a profª. drª. Neide de  Brito Cunha (UNIVÁS).

Tendo qualificado, Cleber e Samuel concretizaram um importante passo rumo à concretização de suas pesquisas. Ponto positivo também para o Mestrado em Educação que cresce cada vez mais com as pesquisas de seus alunos.


Univás ganha acervo de livros do professor Dermeval Saviani

A Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) recebeu na manhã de terça-feira, 27 de março, uma doação de mais de 500 livros do acervo pessoal do filósofo e pedagogo, professor Dermeval Saviani.

O reitor da Univás, professor Carlos de Barros Laraia comemora a chegada do acervo a Biblioteca da Unidade Fátima. "É um momento de extrema felicidade, onde recebemos em nossa instituição um acervo importante do professor Dermeval Saviani. São todas publicações de sua autoria, que servirão para trabalhos de pesquisa de nossos alunos", disse.

A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Univás, professora Andréa Silva Domingues se emociona ao falar dos trabalhos desenvolvidos na instituição para garantir o sucesso dos cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu. "Os livros do professor Saviani vem somar as doações já feitas por ele. São obras de seu acervo pessoal, que a partir de agora estão disponíveis ao estudo e pesquisa de nossos alunos. É a Universidade cada vez mais forte e atuante, onde o nosso reconhecimento é nacional, com as excelentes notas conquistadas pela CAPES", lembra a pró-reitora.


O professor dr. José Luiz Sanfelice, coordenador do Mestrado em Educação da Univás comenta sobre o carinho que o professor Dermeval Saviani tem com a Universidade. "Ele fez questão de direcionar parte de seu acervo, mais de 500 publicações, para nossa Universidade. Professor Saviani reconhece a qualidade oferecida pela Univás em seus cursos de mestrado e doutorado e faz questão de colaborar com o conhecimento e pesquisa de nossos alunos", disse.



Por fim, alunos e professores apreciaram os livros do professor Saviani em uma deliciosa confraternização. São momentos como esse que vão construindo a história do nosso Mestrado em Educação.




Quem é Dermeval Saviani?

Dermeval Saviani é um grande educador que vivenciou um período de mudanças no nosso país, como a transição na educação durante a consolidação do período democrático que vivemos na atualidade, acompanhando as transformações sociais, as transformações na história da educação brasileira e acentuando os pontos positivos e negativos que as modificações no processo educacional refletiram no dia-a-dia. Tem uma visão progressista sobre a educação.

Ele é o fomentador da teoria histórico crítica, que tem como objetivo principal a transmissão de conhecimentos significativos que contribuam para a formação de indivíduos críticos e emancipados assegurando a inclusão social dos educandos.

Para mais informações sobre os livros, acesso o portal da biblioteca em: http://www.univas.edu.br/menu/biblioteca/apresentacao_bib.asp